Blog da Rosa

Um lugar de compartilhamento: reflexões, prazeres, rotinas, trabalho, temas favoritos. Não espere encontrar nele postagens metódicas, rigor científico, críticas contumazes contra as ideias de outrem. Meus pensamentos são exatamente isso: aquelas ideias que no momento presumo serem as mais viáveis, críveis e aceitáveis para mim de acordo com o que alcancei. Se você não concorda com eles, não há problemas. Apenas não seja rude ao compartilhar seus próprios pontos de vista.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Nossa confiança está no nome do Senhor


Volta às aulas!
Já amanheci antevendo o trânsito caótico em Sampa. Para minha surpresa, quase não fiquei parada em lugar algum. Passei pela marginal rapidamente, o que por si só já se constitui um fato surpreendente.
E as crianças retornaram...
Não é preciso muito esforço para imaginarem que trabalho em escola, não é? E entre boas vindas e avisos de praxe sobre a gripe suína, me lembrei do verso 1 do Salmo 127: ... se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. Nossos cuidados e precauções podem até estar presentes, mas quem de fato nos guarda nesse início de semestre é o Senhor. Ele sempre será a nossa proteção. E por isso podemos retomar nossa vida rotineira em paz!!!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Marcas



Todos já fomos marcados vez ou outra. Há marcas que nos fazem muito bem, mas outras que nos fazem corar de vergonha. Jesus deliberadamente decidiu carregar por nós marcas em suas mãos e pés. A nós coube receber de Deus uma marca muito mais agradável, o selo com Seu Espírito, e por isso podemos dizer com certeza que Ele é o especialista em boas marcas. Não há maior gozo do que saber-se selado por Deus!!!


domingo, 9 de agosto de 2009

Até quando vos sofrerei? (baseado em Mt17:14-21)

Há muitos tipos de sofrimentos a que poderia me referir. O sofrimento da presente reflexão é aquele originado pela dor de se estar doente ou ver alguma pessoa querida agonizando, sentindo dores físicas ou sendo acometida de males que a medicina da época ainda não conseguiu minorar.
Na época de Cristo, um lunático (hoje, muitos teólogos supõem tratar-se de epiléticos) não tinha condições de levar uma vida normal, pois não havia medicações que fizessem cessar as convulsões, o que o levava a ferir-se constantemente (na água ou no fogo conforme Mt17:15). Com certeza consistia em uma experiência deprimente.
É interessante notar que os discípulos de Cristo tentaram expulsar o demônio (concluindo por si sós que a doença era causada por um), mas não conseguiram. E quando Jesus chega diante da multidão, é logo abordado pelo pai do menino, que clama por compaixão. Podemos observar que essa é uma atitude muito comum. O ser humano, diante de perdas e sofrimento, tem quase sempre o ímpeto de clamar por misericórdia a Deus, a quem advoga o poder de concedê-la.
Diante de tal clamor, Jesus faz uma declaração desconcertante: chama a todos os presentes de geração incrédula e perversa. Reconhecermo-nos como incrédulos não é tão custoso. Mas, perversos??? Isso não seria um exagero? A expressão escandaliza pela veemência da acusação. Duvidar da vontade e do poder de Deus em curar o lunático (ou qualquer outro que agonize com uma enfermidade, seja essa causada por demônio ou não) é algo que seria capaz de expor a perversidade do coração do homem. Confesso que tenho dificuldade em reconhecer que sou perversa por não conseguir crer a ponto de orar e ver a cura das pessoas e minorar-lhe os sofrimentos, mas isso parece ser o que o texto sugere. Os discípulos obviamente não se reconheceram entre os incrédulos e perversos, pois em seguida perguntam ao mestre por que não conseguiram curar o menino (como se Jesus já não tivesse revelado a causa do fiasco).
Jesus então repete a questão da incredulidade, mas omite a perversidade. Não sei se isso foi fruto de sua misericórdia por eles, mas o fato é que ele apenas enfoca a questão da pequenez da fé dos discípulos. E então faz uma declaração mais desconcertante do que a anterior. Ele diz que se a fé fosse do tamanho de um grão de mostarda, ela seria suficiente para remover montanhas. Em outras palavras, aquilo que é intransponível, árduo, gigantesco, que foge à possibilidade humana, pode ocorrer diante de uma pequena fé.
"Nada vos será impossível". Esse "nada" carrega uma dimensão impressionante, porque representa o conjunto de coisas que não poderão ser solucionadas pela fé em Deus. Ou seja, a palavra é representada por um conjunto vazio. Absolutamente nenhuma possibilidade de haver algo impossível se a pessoa tiver fé do tamanho de um grão de mostarda e resolver usá-la.
E então eu me quedo diante de tal evidência: sofreremos até que passemos a exercer essa fé minúscula mencionada por Jesus. Percebo uma coisa na minha vida e na vida dos cristãos atuais: somos geração incrédula e perversa, e temos meramente vivido uma vida de possibilidades, porque nem a fé do tamanho de um grão de mostarda temos colocado em ação. E desse modo, acabamos invertendo o modo de viver pretendido por Deus, acabando por mostrar através de nossas atitudes que "tudo" nos será impossível.
Eu preciso ver esse quadro revertido em minha vida. E você?