Até o final do último milênio, praticamente ninguém dentre a população ordinária cogitava possuir uma cosmovisão. Não me recordo uma única vez em meus anos de universidade de ter ouvido falar sobre ela.
No entanto, com o pluralismo de ideias
tão particular a essa nossa época, tornou-se inevitável que os homens cada vez
mais, em todas as áreas de conhecimento, começassem a se dar conta, de maneira
muito mais contundente, da diversidade de crenças que norteiam o pensamento dos
habitantes dessa Terra.
Nas duas últimas décadas demo-nos conta
de que precisamos mais do que nunca entender o que rege nossa vida. Que bases
foram estabelecidas em nossas mentes que determinam o curso de nossas escolhas
no que diz respeito à economia, política, trabalho, relacionamentos e
moralidade? A isso damos o nome de Cosmovisão, palavra originada do termo
alemão “Weltanschauung”, que representa a maneira como cada pessoa entende o
mundo, a natureza do homem, o propósito da vida e outras questões filosóficas
importantes.
Como cristãos, nossa maneira de enxergar
certos aspectos da realidade precisam estar sempre de acordo com os princípios
estabelecidos por Deus em sua Palavra. Se nossa maneira de pensar e analisar as
questões atuais não passarem pelo crivo da Bíblia, deixaremos de perceber que as
pessoas estão corrompidas por causa da Queda e do pecado, e a única solução
apontada por Deus sempre começa com a salvação operada a partir da fé em
Cristo.
Jesus é o ponto de partida para uma vida
com significado, mas a instrução de Deus para o cristão é que a mente seja
continuamente renovada para que não aconteça a conformação com o sistema do
mundo (Rm12). Por isso, identificarmos nossa cosmovisão e seus fundamentos é
crucial.
Sejamos humildes e lancemo-nos ao
desafio de detectarmos os sofismas com a ajuda de Deus, para renovação de mente
e uma vida frutífera.
“Quem há que possa discernir as suas próprias faltas?
Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o teu servo; que
ela não me domine. Então serei irrepreensível e ficarei livre de grande
transgressão”. Sl19:12-13