Blog da Rosa

Um lugar de compartilhamento: reflexões, prazeres, rotinas, trabalho, temas favoritos. Não espere encontrar nele postagens metódicas, rigor científico, críticas contumazes contra as ideias de outrem. Meus pensamentos são exatamente isso: aquelas ideias que no momento presumo serem as mais viáveis, críveis e aceitáveis para mim de acordo com o que alcancei. Se você não concorda com eles, não há problemas. Apenas não seja rude ao compartilhar seus próprios pontos de vista.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A natureza dos pais

Ser pai é uma das tarefas mais sublimes que um homem pode experimentar. Por que razão? A identificação com a figura do pai é algo inerente ao próprio Deus. Somos todos parte da família de Deus e podemos chamá-lo Aba (papai). Portanto, em Deus mesmo o homem deve espelhar-se para assumir essa honrosa tarefa.


Primeiramente, Deus nunca poderia ser o nosso pai se Ele não houvesse enviado Jesus para pagar a nossa dívida. Daí, entendemos que Deus ama a todos que deseja ter como filhos e por causa desse amor, se doa, entregando aquilo que tem de mais precioso. Extraímos daí então a lição que um pai deve amar profundamente seus filhos e estar disposto a dar-se em favor deles, renunciando ao que lhe é caro se isso for necessário.

No entanto, quais os homens que podem dizer sem pestanejar: eu amo meus filhos e por eles, frequentemente entrego algo? Muitos homens costumam dar muitos presentes, brinquedos caros, aparelhos eletrônicos aos seus filhos, por causa de uma culpa que persiste em se enraizar. Falta de tempo por causa do trabalho, impaciência por causa do stress da vida cotidiana, desprezo pelas coisas infantis, são entre outras as desculpas utilizadas por muitos pais modernos para empurrar de si a tarefa de amar seus filhos, com a implicação da doação que deveria acompanhar tal amor.

Uma pergunta direta: em que você se doou no último mês aos seus filhos? Qual a dose sacrificial ministrada a eles nesse mês? Amor sem sacrifício e doação não passa de clichê, palavreado que se usa, mas que se esvanece, tamanha a superficialidade do mesmo. Entre tantas coisas que os homens modernos se omitem, está o de instruir os pequenos. Dar palavras de encorajamento, sabedoria, admoestação, também é tarefa paterna. Só que essas têm sido muitas vezes delegadas às mães, quando as mesmas também não as empurram para as babás, escolas etc. De onde então as crianças tirarão forças para manterem-se firmes em Deus se não forem instruídas pelos pais em primeiro lugar?

Jesus Cristo, em sua vida terrena, sempre encontrava tempo para estar com Deus (desenvolvimento de um relacionamento) e tempo para imitar o que via seu Pai fazer (ações e discipulado). Ele mesmo disse que fazia o que via seu Pai fazer. Talvez uma das declarações mais fortes pronunciadas por Jesus tenha sido: eu e meu Pai somos um.

Qual o nível da relação que você, pai, desenvolve com seu filho? Será que você é conhecido por ele? Você é imitado pelo seu filho? Tem prazer que ele decida imitar algumas de suas ações ou se preocupa por achar que não é um bom modelo?

Reflita nessas coisas, pois são cruciais para o homem temente a Deus, que deseja criar os filhos na admoestação do Senhor. Nesse mês em que se comemora o dia dos pais, não esteja tão ansioso para receber algo de seu filho, mas para dar algo valioso a ele, visto que “...não devem os filhos entesourar para os pais, mas os pais para os filhos”.(2Co12:14)